A primeira visita de um bebê ou criança para um atendimento odontológico é sempre um evento e exige dos especialistas uma atenção e dedicação diferenciada. Afinal o ambiente pode causar, aos pequenos, medo, desconforto e receio.
Por isso a Associação Brasileira de Odontopediatria reconhece que ao iniciar cuidados de saúde bucal para pacientes infantis ou com necessidades especiais, é preciso se adaptar e abrir mão de técnicas comportamentais e farmacológicas.
Existem várias técnicas de adaptação do comportamento, as quais devem ser aplicadas após avaliado o nível de desenvolvimento da criança, suas atitudes, seu temperamento e tentar prever sua reação ao tratamento.
Mas como agir?
O odontopediatra deve sempre se comunicar com o paciente, de forma clara e direta. Dando preferência por olhar nos olhos da criança e quando houver mais pessoas na sala falar um de cada vez. Isso porque, este grupo tem a tendência de ater sua atenção em uma fala e muitas vozes podem confundir e provocar na criança reações de medo e ansiedade.
O primeiro contato
Quando possível ir até a sala de espera para que o primeiro contato seja feito de forma tranquila. Já neste momento é possível identificar o medo, a ansiedade ou se a criança é um pouco mais agitada. Em todos os casos o profissional deve controlar a voz e mostrar confiança.
O preparo
Ao entrar na sala, este grupo de pacientes, pode se mostrar maravilhado com todos os equipamentos, como também pode se assustar. De alguns minutinhos para que eles mesmos façam a ambientação, mas sem que você perca tempo de consulta.
Ao realizar o preparo da criança e sentá-la na cadeira odontológica, sempre que possível optar pela forma lúdica e tranquila, deixando-a à vontade e seguro.
A consulta
Já durante a consulta, uma boa dica é a técnica mais conhecida pelos profissionais como: “Falar-mostrar-fazer”/ “Tell-show-do (TSD)”. Criada por Addelston, ela indica que o profissional fale o que irá fazer e mostre a criança como o aparelho funciona, dai então faça o procedimento.
A TSD pode trazer ao paciente mais segurança com a sensação de que tem um conhecimento do que e como o procedimento será feito.
Dica bônus
A postura, a linguagem corporal e as expressões faciais do profissional também fazem parte dessa comunicação e podem ser usadas de forma a reforçar a presença e confiança do odontopediatra como também para controlar a situação em casos de pacientes muito eufóricos.
Como, por exemplo, recompensar o paciente pelos comportamentos desejados, seja por uma fala positiva, demonstrações físicas apropriadas de afeto ou uma lembrancinha no final da consulta.
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