Composto também está sendo testado para verificar se existe eficiência contra o coronavírus.
Pesquisadores da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Forp), da USP, em conjunto com o Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), criaram um cimento – utilizado na colagem das peças do aparelho ortodôntico – que evita a proliferação de bactérias, fungos e vírus.
Segundo a professora e coordenadora da pesquisa, Andréa Cândido dos Reis, do Departamento de Materiais Dentários da Forp, o produto que levou 10 anos para se concluído, também pode ser utilizado na fixação de próteses dentárias. “O cimento serve como uma cola. Toda vez que você higieniza um aparelho ocorre o acumulo de bactérias e vírus, que podem comprometer outros problemas de saúde e infecções. No caso de pessoas mais velhas esses problemas podem ser ainda mais graves”.
O cimento que cola o aparelho nos dentes foi produzido com vanadato de prata nanoestruturado, um produto químico da união dos metais prata e vanádio.
Reis explica que a maior dificuldade para a produção do material foi combinar fatores de duração, conforto, resistência e estabilidade. O antimicrobiano foi obtido por meio de nanotecnologias.
Como funciona?
A pesquisadora explica que o cimento serve como uma barreira protetora para pessoas que usam aparelhos ou próteses dentárias. No entanto, é necessário manter todos os cuidados de higienização bucal. oficial Mostbet Sitio apuestas. “Temos que reforçar que esse melhoramento é para matar bactérias que ficam na boca, auxiliando na efetividade, ou seja, existe a necessidade de escovar e continuar realizando a higienização todos os dias”.
O material ainda não foi testado em humanos, mas a universidade utilizou simuladores de boca para verificar testes microbianos, resistência nos dentes e se o produto macha ou estraga a dentição. Também foi feito um teste de envelhecimento acelerado para identificar como é a evolução do material na dentição com o passar dos anos.
Coronavírus
Por conta da eficiência do cimento no combate a vírus e bactérias, os pesquisadores estão realizando vários testes e esperam chegar a um novo produto com as propriedades necessárias para o combate ao Sars-Cov-2.
Durante o período de produção, a prata utilizada para a formação do cimento foi aprimorada para retirar efeitos tóxicos. “A nossa equipe de pesquisadores em parceria com a equipe do professor Oswaldo Luiz Alves da Unicamp criamos um material totalmente sustentável, feito no Brasil e barateado para ser acessível para a população”.