Criado por: Ana Paula Carloni
Depois de passarmos por períodos delicados com a COVID-19, estamos desde maio de 2022, o acompanhado o aumento atípico dos casos de infecção pela varíola do macaco e países como o Brasil.
E como profissional da saúde é natural que você queira se informar mais sobre a doença, suas formas de infecção e como se proteger de algo nesse momento.
O que é?
Da família e com sintomas parecidos com a varíola comum, mas de forma mais leve e letalidade mais baixa, ela é transmitida pelo vírus monkeypox (MPXV), em sua maioria dos animais para os seres humanos.
Uma doença que até alguns anos atrás era raramente encontrada fora do continente africano, e quando acontecia era por algum histórico próximo de viagens para as regiões endêmicas.
Segundo a OMS, a maioria dos animais suscetíveis à doença são roedores, como ratos e apesar do nome, sabe-se que os macacos não são transmissores da doença e nem estão no ciclo de transmissão do vírus.
Os sintomas da doença podem se confundir com outras patologias, como varicela, varíola e molusco contagioso. Sua infecção pode durar até 14 dias e sua gravidade varia conforme a condição de saúde do paciente e a via de exposição.
Transmissão da varíola do macaco
Sabe-se que a transmissão ocorre pelo contato com fluidos corporais, com as feridas em pacientes contaminados e/ou o compartilhamento de itens pessoais contaminados. Como também secreções respiratórias, contato direto com as lesões e feridas da doença, ingestão de alimentos malcozidos e contaminados
Em geral entendesse que a transmissão da varíola do macaco costuma ocorrer através de contato prolongado, e por isso, profissionais da saúde, familiares e pessoas próximas aos infectados apresentam maior risco de contaminação.
Caso o profissional que realize o atendimento, identifique a presença do vírus, o cirurgião-dentista deve considerar a gravidade das lesões pelo período que esteve exposto e se o paciente apresentava sintomas respiratórios no momento do contato.
Manifestações bucais
Como por aqui temos muita preocupação com a boca e a saúde bucal, fizemos esse tópico focado em quais são as manifestações da doença na boca, visto que já sabemos que os primeiros sintomas em decorrência da varíola do macaco estão na região de cabeça e pescoço e segundo o Departamento de Saúde de Indiana (Estados Unidos) lesões na cavidade bucal estão presentes em 70% dos casos.
Quando o paciente começa a manifestar os sintomas é possível identificar erupções dolorosas e profundas, geralmente na face e na cavidade bucal, antes de se espalharem pelo corpo. Estas lesões bucais, clinicamente, são puntiformes, profundas, bem delimitadas, podendo apresentar superfície ulcerada ou com presença de crosta.
Apesar de características especificas e com grandes evidências da doença, recomenda-se que antes do diagnóstico da doença, o cirurgião-dentista deve desconsiderar outras patologias. Ainda para o diagnóstico pode ser feito através do teste de PCR, ou teste do cotonete, feito em laboratório com coleta do material sobre as lesões dérmicas formadas.
A prática odontológica pode reduzir infecção da varíola do macaco, usando da conscientização, triagem e controle da infecção. Por isso todo cuidado do profissional de odontologia é muito importante, assim como a educação da população sobre as formas de infecção.
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